Se tem uma coisa que a DC Comics sabe fazer como ninguém, é virar o jogo com estilo. Seja com reviravoltas chocantes, revelações que ninguém esperava ou mudanças tão absurdas que bagunçam toda a estrutura do universo, o que não falta são momentos em que tudo foi pro espaço — no bom sentido.
Algumas dessas reviravoltas não só deixaram os fãs de queixo caído, mas também mudaram completamente a forma como a DC conta suas histórias. Vamos relembrar os momentos mais insanos e memoráveis que redefiniram tudo!
Ponto de Ignição (Flashpoint)
E se você acordasse e tudo à sua volta estivesse… errado?
Barry Allen (o Flash) desperta num mundo onde nada parece fazer sentido. Sua mãe está viva, seu pai nunca foi preso, e rola uma guerra brutal entre atlantes e amazonas. Thomas Wayne é o Batman — porque Bruce foi quem morreu naquele beco em Gotham. E o Superman? Preso em um laboratório do governo americano, escondido do sol.
No começo, Barry acha que isso é culpa do Flash Reverso. Mas, surpresa! Em Flashpoint #5 (2011), ele descobre que o verdadeiro culpado foi ele mesmo. Ao tentar salvar a mãe no passado, o Flash criou uma nova linha do tempo — e mesmo tentando consertar, ele nunca mais conseguiu colocar tudo nos trilhos. O resultado? O nascimento do universo conhecido como Os Novos 52.
Universo DC: Renascimento
Depois do caos dos Novos 52, chegou a hora de tentar dar sentido a tudo.
Em Universo DC: Renascimento #1 (2016), descobrimos que Wally West está preso na Força de Aceleração e lutando desesperadamente para voltar. Quando ele finalmente consegue entrar em contato com o Batman, um mistério ainda maior começa: Bruce encontra um bottom amarelo com um sorriso manchado de sangue em sua Batcaverna.
Se você reconheceu a referência, sim, estamos falando de Watchmen. Esse pequeno símbolo foi só o começo de um crossover épico, que mais tarde virou o evento O Relógio do Juízo Final, conectando de vez os dois universos.
Superman: Entre a Foice e o Martelo
E se o Superman tivesse caído… na União Soviética?
Nessa realidade alternativa apresentada em Superman: Red Son (2003), a nave de Kal-El não aterrissa nos EUA, mas sim na URSS. Crescendo sob o regime comunista, ele vira o símbolo máximo do poder soviético. Só que aqui, o Lex Luthor é o verdadeiro herói aos olhos do Ocidente — e o embate entre os dois muda completamente o rumo da história.
A virada? No final, descobrimos que o Superman acaba virando uma lenda imortal que salva o mundo por milênios. E, séculos no futuro, o planeta Krypton é, na verdade, a própria Terra, renomeada. Quando o planeta está prestes a ser destruído, um cientista chamado Jor-L envia seu filho… de volta no tempo. Um loop temporal perfeito que fecha a história de forma genial.
Patrulha do Destino: O experimento inesperado
Sempre teve algo esquisito na Patrulha do Destino… mas ninguém imaginava que o buraco era tão fundo.
Em Doom Patrol #57 (1992), o Homem-Robô descobre uma conversa que muda tudo: o líder do grupo, Niles Caulder (o Chefe), criou a equipe apenas para provar uma teoria maluca — a Teoria da Catástrofe. Ele acreditava que só grandes tragédias poderiam revelar o melhor da humanidade.
Ou seja, todos os traumas que transformaram os membros da Patrulha em “monstros” foram causados de propósito. Foi um experimento! Dá pra perdoar isso? Alguns até tentaram… mas confiar de novo, como antes, ficou impossível.
Watchmen: O plano perfeito já estava em andamento
Quando o assunto é reviravolta, poucos chegam perto do impacto de Watchmen #11 (1986).
Rorschach e Coruja vão até a base de Ozymandias para impedir um plano insano. Eles acham que ainda dá tempo. Mas aí vem o soco no estômago: o plano já aconteceu.
Ozymandias revela tudo, tim-tim por tim-tim — desde a morte do Comediante até o exílio do Doutor Manhattan — e explica que armou um falso ataque alienígena para unir a humanidade e acabar com a Guerra Fria. Só que enquanto ele falava, o ataque já tinha rolado. Não havia mais o que fazer.
Um final agridoce, ousado e que redefiniu como uma HQ pode contar uma história.
