Qual é o melhor filme de super-herói de todos os tempos? Essa pergunta pode até parecer simples, mas a verdade é que a resposta muda muito dependendo de quem você pergunta. Gerações diferentes, gostos diferentes. Os mais veteranos, por exemplo, podem apontar com orgulho Superman – O Filme (1978), estrelado por Christopher Reeve, como o maior de todos. E, sejamos justos, ele realmente abriu caminho para tudo que veio depois. É um clássico que merece estar, no mínimo, na discussão dos cinco melhores.
Para quem cresceu nos anos 90, os Batmans dirigidos por Tim Burton marcaram época com seu estilo gótico e sombrio. Já no século 21, títulos como O Cavaleiro das Trevas (2008), Homem-Aranha 2 (2004) e os últimos Vingadores dominaram as conversas sobre o auge do gênero.
Agora, se escolher o melhor pode ser uma missão ingrata, apontar os piores é quase um passatempo coletivo. E quando o assunto são as continuações desastrosas, aí sim a conversa rende. A seguir, você confere uma seleção das piores sequências de filmes de super-heróis que já chegaram às telonas. Prepare-se para reviver alguns traumas cinematográficos.
Kick-Ass 2 (2013)

Kick-Ass (2010) foi uma pancada. Violento, irreverente e diferente de tudo que se via no gênero. Mas sua sequência não teve a mesma sorte. Com os protagonistas já mais velhos e uma mudança de tom, o filme perdeu o frescor do original. Para piorar, Jim Carrey, um dos nomes do elenco fez campanha contra o próprio longa por conta da violência. O resultado foi um filme esquecido até por quem gostou do primeiro.
X-Men: Fênix Negra (2019)

Os primeiros filmes dos X-Men ajudaram a definir o gênero moderno de super-heróis. Mas com o tempo, a franquia foi perdendo o rumo. E nenhum filme simboliza isso tão bem quanto Fênix Negra. Uma história mal contada, personagens desmotivados e um clima de fim de festa dominaram o longa. Foi uma despedida sem energia e sem emoção, que passou quase despercebida.
Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007)

O Quarteto pode ser a primeira superequipe da Marvel, mas no cinema sempre teve uma jornada turbulenta. O segundo filme da fase leve e cômica da equipe trouxe o visual incrível do Surfista Prateado, mas errou feio ao transformar Galactus em… uma nuvem cósmica? Não deu outra: críticas pesadas, fim da franquia e um reboot anos depois. Ainda aguardamos o dia em que o Quarteto vai brilhar de verdade nas telonas.
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023)

Se a pergunta fosse “qual o pior filme do MCU?”, Quantumania com certeza apareceria nas primeiras respostas. O terceiro filme do Homem-Formiga não empolgou quase ninguém. A ideia era expandir o universo com o vilão Kang (Jonathan Majors), mas a execução decepcionou. O visual genérico, a trama bagunçada e o MODOK que virou piada foram só parte do problema. Resultado? O herói que nunca foi o queridinho do estúdio, agora, deve ficar mesmo só nos filmes dos outros.
Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança (2012)

O primeiro Motoqueiro Fantasma (2007) já era bem mediano. Mas a sequência conseguiu a proeza de ser pior. Mesmo com a tentativa de fazer algo mais sombrio, o resultado foi um filme com cara de produção B, orçamento apertado e uma história sem impacto. Nicolas Cage até se esforça, mas não teve como salvar.
Vidro (2019)

Aqui entramos num terreno mais fora da caixinha. Vidro não veio dos quadrinhos, mas se encaixa no gênero. A ideia de M. Night Shyamalan era ambiciosa: unir Corpo Fechado (2000) e Fragmentado (2017) em uma grande conclusão. Só que o hype foi alto demais e o resultado ficou muito abaixo da expectativa. Em vez de um final épico, o que tivemos foi um desfecho morno e sem impacto. Uma pena, considerando o potencial da trilogia.
Blade Trinity (2004)

Blade (1998) foi o precursor da nova era de heróis no cinema. A sequência de 2002 foi ainda melhor. Já o terceiro filme virou um erro difícil de ignorar. Vilões fracos, coadjuvantes sem sal e Wesley Snipes visivelmente desmotivado. Blade Trinity parecia mais preocupado em lançar spin-offs do que fechar uma trilogia com dignidade. E acabou afundando tudo.
Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016)

Sim, ver Batman e Superman juntos no cinema era um sonho de muitos fãs. Mas o filme que deveria ser um evento virou um exemplo de desperdício de potencial. Falta humor, falta carisma, falta até química entre os protagonistas. O que sobra são cenas arrastadas e decisões estranhas (alguém falou “Martha”?). A ideia era fazer uma superprodução épica, mas o que chegou foi um blockbuster pesado e sem alma.
Superman IV – Em Busca da Paz (1987)

Depois de um primeiro filme icônico e uma sequência decente, Superman começou a despencar. O quarto longa é o ponto mais baixo da franquia estrelada por Christopher Reeve. Com orçamento reduzido, efeitos toscos e uma trama que beira o absurdo, o filme praticamente enterrou a imagem do herói nos anos 80. Um encerramento triste para um personagem tão lendário.
Batman & Robin (1997)

Difícil pensar em uma continuação mais desastrosa que essa. Depois do sucesso sombrio dos filmes de Tim Burton, a franquia caiu nas mãos de Joel Schumacher e virou uma colagem de piadas ruins, cores berrantes e atuações caricatas. George Clooney como Batman, Bat-cartões de crédito, e um Arnold Schwarzenegger que só falava trocadilhos gelados como Sr. Frio. O filme virou sinônimo de tudo que pode dar errado em um blockbuster de herói. E até hoje, é lembrado como um dos piores filmes do gênero – com toda razão.
Se essas sequências servem de lição, é que nem todo sucesso garante uma boa continuação. Às vezes, o melhor que um estúdio pode fazer é parar enquanto ainda está no topo.