A espera finalmente está quase no fim. A terceira temporada de JoJo’s Bizarre Adventure no formato moderno está a caminho. E os fãs estão com as expectativas lá no alto pela adaptação de Steel Ball Run. Mas enquanto a corrida mais insana do universo JoJo não estreia, uma velha polêmica volta à tona: as famosas (e problemáticas) referências musicais da série.
Música, Stands e Barreiras Legais
Se você já é fã da franquia, provavelmente sabe que Hirohiko Araki, o criador de JoJo, adora batizar personagens e Stands com nomes inspirados em músicas, bandas e artistas do mundo real. É por isso que temos vilões como Dio, uma homenagem direta ao icônico vocalista Ronnie James Dio.
Só que essa criatividade vem com um preço. No Ocidente, muitas dessas referências esbarram em direitos autorais, forçando mudanças esquisitas, como transformar Aerosmith em Lil’ Bomber. Essas adaptações até rendem piadas entre os fãs, mas quando o tom da história muda para algo mais sombrio, como em Steel Ball Run, o desafio é manter a seriedade sem sacrificar a identidade dos personagens.
O Dilema de Steel Ball Run
Diferente das partes anteriores, Steel Ball Run traz um enredo mais maduro e profundo. Originalmente uma história independente, ela foi incorporada oficialmente ao universo de JoJo como sua sétima parte. E isso representa uma virada importante na narrativa.
Com temas mais sérios, a adaptação exige cuidado redobrado. Imagine uma cena intensa sendo interrompida por um nome como Filthy Acts at a Reasonable Price, a versão americana do Stand Dirty Deeds Done Dirt Cheap (D4C). Fora de contexto, pode até ser engraçado, mas dentro da trama pode minar o impacto dramático.
O estúdio de animação enfrenta agora um impasse. Seguir com as localizações que os fãs já conhecem ou buscar versões mais sóbrias? Não existe resposta fácil. Mudar demais pode afastar os fãs antigos. Manter tudo como está pode quebrar o clima da história. Nomes como Tusk e Ballbreaker também estão na mira dessas possíveis mudanças, e cada escolha levanta novas dúvidas.
A História de Steel Ball Run
A trama se passa em 1890, nos Estados Unidos, e gira em torno de uma corrida de cavalos atravessando o país, de San Diego a Nova York, com um prêmio de cinquenta milhões de dólares. Mas por trás dessa competição existe muito mais.
Johnny Joestar, um ex-jóquei paraplégico, entra na corrida em busca de respostas e esperança. Ele quer aprender sobre o poder chamado Spin, revelado por Gyro Zeppeli, um excêntrico ex-carrasco napolitano que, por um momento, conseguiu fazer Johnny voltar a andar.
No início, Johnny e Gyro são apenas rivais. Mas ao longo da corrida, enfrentando assassinos, mercenários e forças políticas obscuras, nasce uma parceria poderosa. A competição, organizada por Steven Steel, é na verdade uma fachada para o plano do presidente dos Estados Unidos, Funny Valentine. Ele quer reunir as partes de um misterioso cadáver sagrado, que pode conceder poder absoluto. E ele está disposto a tudo para conquistar esse objetivo, em nome da “grandeza nacional”.
Steel Ball Run promete elevar o nível da franquia. Com personagens carismáticos, uma trama carregada de tensão e cenas de ação eletrizantes, essa fase de JoJo é uma das mais queridas pelos leitores de mangá. Agora, a expectativa é ver como o estúdio vai equilibrar fidelidade à obra original, respeito ao tom da história e, claro, as infames adaptações dos nomes.
O futuro da adaptação depende de escolhas ousadas. E como todo bom episódio de JoJo, o que não vai faltar é reviravolta.