One Piece, criação de Eiichiro Oda, nasceu com um plano bem mais modesto: contar sua história em apenas cinco anos. Mas o tempo passou, e quase três décadas depois, a jornada dos Chapéus de Palha continua — e parece estar no seu auge.
Durante uma sessão de perguntas e respostas no volume 42 do mangá, lançado em 2006, um fã perguntou se Oda já sabia como a história terminaria. A resposta foi sincera:
“Desde o começo, já tinha o clímax em mente. Só não imaginei que ia demorar tanto pra chegar lá. Achei que daria pra fechar tudo em cinco anos… mas subestimei o tempo. Já se passaram nove, e nem faço ideia de quanto ainda falta.”
Quem diria que sair do plano daria tão certo?
Ao esticar a jornada, Oda teve tempo de construir um universo que vai muito além da média. Cada ilha que os piratas visitam tem sua própria cultura, política, economia e mitologia. Nada é só pano de fundo — tudo faz parte de um mundo vivo, cheio de camadas.
Agora, com o arco de Elbaf em andamento — terra dos gigantes e cheia de pistas sobre o misterioso Século Perdido — a história atinge um novo patamar. O mural do capítulo 1138, por exemplo, conecta pontos que remontam à saga de Skypiea, mostrando como Oda sempre teve um plano em mente, mesmo que lá atrás a gente nem suspeitasse.
One Piece pode até ser longo, mas cada capítulo entrega algo. O tempo virou uma das maiores armas da obra, permitindo pistas plantadas lá atrás fazerem sentido anos depois. E quando isso acontece, o leitor volta às primeiras páginas com uma nova perspectiva — e entende por que essa história continua sendo tão especial.



